O destino Miyazaki
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One Piece: Paradise :: Mares :: Blues :: East Blue :: Loguetown
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Ella
PARA ONDE OS VENTOS DO DESTINO ME LEVAREM
Kimiko Miyazaki
Aspirante a marinheira
Que havia algo de errado com aquele barco ela sabia. Algo grande estava prestes a acontecer, mas ainda não tinha evidências suficientes para reportar aos superiores, o que ela poderia dizer? Que havia um monte de marinheiros à toa por ali? Bebendo e curtindo o dia como se estivessem de férias? Que haviam mercadorias suspeitas, mas ela não sabia do que se tratava? Que marinheiros estavam delirando sobre piratas não existirem mais depois de um show qualquer? Bom, pareciam um monte de suposições idiotas e nada incriminadoras. Se ela tivesse entendido errado, com certeza faria papel de ridícula perante todos. Desonra para Cairo, desonra para ela e principalmente desonra para o nome de sua família.
Então, o jeito seria conferir de perto, que tipo de mercadoria aquele barco teria trazido para a ilha. Ela deveria ir lá imediatamente, sem levantar suspeitas. Mas não queria deixar Cairo para trás.
“Que tal em vez disso, a gente aproveitar a oportunidade, e ter um momento a sós? Sabe, já faz um tempo…” Kimiko teria se aproximado de Cairo de forma excitante, erguendo seu rosto com o dedo indicador em baixo de seu queixo, para que olhasse bem em seus olhos, seus rostos tão próximos que o homem poderia sentir sua respiração.
Usará desse momento para dar uma escolha a ele, se ele entrasse no joguinho dela, queria dizer que ele queria ir com ela até o barco. Se negasse seu convite, a garota daria de ombros, de nariz empinado e jogaria o cabelo, fingindo estar frustrada, e sairia de lá batendo os pés. Bom, se ele escolhesse ficar lá, esperava que ele extraísse mais informações sobre isso tudo.
Com seu parceiro ao seu lado ou não, a garota tentaria despistar os olhares curiosos, e se esgueirar de melhor forma para perto do barco, sempre observando e ouvindo atentamente.
The Curse of Clairvoyance
Davy D. Jones
Após o seu gesto um tanto quanto ousado, o rapaz conseguiu segurar por muito tempo, seu rosto corou ainda mais, seus olhos foram de encontro ao seu, mas era nítido o espanto e o suor que escorria por sua testa. Caito parecia uma panela de pressão e se fosse possível, certamente todo o líquido de seu corpo teria evaporado por seus ouvidos.
— O que você tá fazendo? — Moveu os lábios e deixou com que um som quase inaudível escapasse.
A intenção de ambos não estava alinhada, afinal ele pretendia se sacrificar para que você desse seguimento à investigação, assim como você queria tornar uma situação viável para que fizessem isso juntos. É claro, o navio não estava aberto a visita, pelo menos não agora, porém a situação ficou viável apesar de tudo.
Todos os outros homens se olharam, abriram um sorriso e então rapidamente entraram em ação.
— Acho que é hora de tirar o atraso, rapaz. — Um deles deu um tapa não tão leve nas costas de Caito.
— Isso, aproveita sua juventude. Hehehe. — Concluiu o outro.
A pressão aliviou o peso nos ombros do marinheiro inocente, o qual mais uma vez engoliu em seco e assentiu. Sem delongas vocês seguiram rumo ao barco, enquanto que deixavam os outros para trás.
Enquanto se afastava poderiam ouvir algumas coisas um tanto quanto escrotas, além de alguns comentários desnecessários em meio as gargalhadas.
— Quando era recruta as mulheres que se alistaram eram todas umas barangas! — Exclamou um.
— Mas isso não parecia ser um problema para você, né? — Retrucava o outro em um tom sarcárstico.
Mais gargalhadas.
— Que imbecis… — Comentou Caito enquanto vocês seguiam pela rampa sem problemas.
Dentro da embarcação tudo parecia normal, o convés estava com pelo menos meia dúzia de marinheiros que vagavam de um lado para o outro, pareciam investigar e fazer uma certa guarnição no local. Mais caixotes estavam divididos, estes envoltos por uma lona esverdeada e os sons de batidas contra a madeira ainda continuavam, mas desta vez um pouco mais alto que o normal.
Caito fez um gesto com o dedo indicador na frente de seus lábios, parecia estar um pouco constrangido com a cena de antes, mas ainda assim entendia que estava em uma missão. Ponderou que precisavam fazer silêncio e atuar nas entrelinhas.
De perto, era possível notar que os sons abafados contra a madeira vinham de uma porta que garantiam acesso para umas extremidades na embarcação, provavelmente levaria para a região interna. O que eram aqueles sons? Eram constantes, não como se alguém tivesse organizando algo, era mais um ato de desespero.
Próximos ao objetivo central, poderiam seguir para averiguar o conteúdo daqueles caixotes sem chamar atenção ou simplesmente investigar aqueles sons misteriosos. Nesta altura do campeonato, já não poderiam atrair olhares estranhos, afinal não havia nenhum bêbado que estivesse ali, pelo contrário, os demais marinheiros estavam todos alerta.
Ella
PARA ONDE OS VENTOS DO DESTINO ME LEVAREM
Kimiko Miyazaki
Aspirante a marinheira
Enquanto se afastava dos homens, Kimiko sussurrou para Caito, “Eu passei dos limites. Espero que aceite as minhas mais sinceras desculpas Sr.Prosbell. Não tive a intenção de te constranger, era que… eu não sabia o que fazer, e não queria te deixar no meio daqueles idiotas.”
À medida que chegavam mais perto do barco, a menina perguntava “por acaso você sabe de qual bando pirata essa bandeira pertence? Talvez nos dê alguma pista sobre a possível carga que trouxeram”
A garota ouvirá muito bem o que os idiotas atrás deles falavam, mas ela não estava surpresa. Não esperava achar ouro em meio aos porcos.
Quando chegaram até o barco, o som que vinha da porta fazia com que seu coração batesse cada vez mais rápido, pulsando em seus ouvidos com a adrenalina. Caito fazia sinal para que agissem de forma silenciosa, e Kimiko assentia com a cabeça em resposta.
A garota ia sorrateiramente para debaixo da lona verde, tentando se aproximar dos caixotes dispostos ali. Passava a mão por eles, tentando achar uma brecha que pudesse ser aberta ou um buraco para tentar olhar o que havia dentro. Também usaria o olfato e a audição, tentando achar um cheiro mais característico ou algum barulho que viesse de dentro.
Com o que descobrisse ou não, a menina sussurraria no ouvido de Caito. “Alguém tem que verificar lá em baixo, esse barulho… tá estranhamente irritante”
“O que temos até agora?”, ponderava com Caito. “As opções que temos é, um de nós vai lá embaixo e vê o que está acontecendo, e o outro fica aqui de vigia, e dá um jeito de avisar o outro se alguém se aproximar. Ou, vamos juntos e lidamos com qualquer problema, como uma equipe”
Kimiko não conhecia as habilidades de Caito, por isso deixaria que ele decidisse, ela não temia ir sozinha, confiava em seu treinamento, mas não queria enfiar Caito em alguma enrascada, nem em algo que ferisse o rapaz.
“Estou disposta a ir sozinha, se você preferir, você não precisa se preocupar comigo. E você é mais importante que eu nessa missão”
A garota faria o que Caito disser. Se ficasse para trás, trataria de combinar uma hora para ele aparecer ou ela iria atrás dele. Se alguém aparecesse, Kimiko tentaria fazer um chamado secreto e discreto para que apenas Caito identificasse, para que ele pudesse sair de lá ou se esconder. Se fosse ela que investigaria, combinaria as mesmas coisas.
The Curse of Clairvoyance
Última edição por Ella em Qui Dez 08, 2022 10:50 am, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Arrumei o texto no templante e arrumei o numero de posts)
Davy D. Jones
Caito acompanha, desta vez firmando as mãos sobre o rifle e apoiando o mesmo sobre o seu peito. Ele não nutria uma sensação muito boa ao estar dentro daquele barco.
Diferente de você que sorrateiramente entrou por baixo do lona, ele apenas se abaixou ao lado, ficando a espreita caso as coisas saíssem do controle.
— Esse barulho é estranho… Infelizmente não deve ser um rato. — Ele resmunga.
Você prossegue, estudando os caixotes e tentando verificar o que havia entre eles. Não havia nenhum cheiro estranho, nada além de uma pequena presença de pólvora, o que talvez levasse ao fato de haverem explosivos ali, mas assim que com um bom uso de sua força conseguiu soltar um prego mal colado sobre a tampa de um. Assim que seus olhos acompanham o conteúdo, é possível observar que há uma grande quantidade de armas de fogo ali, todas sem identificação licenciada pela marinha.
É do conhecimento de quase todo cidadão de Loguetown que a política desarmamentista é rigorosa, deixando claro que apenas aqueles que possuem autoridade para punir são a própria Marinha. Armas brancas conseguem passar na “malha fina” desta lei local, mas quando se trata de armas de fogo, as coisas realmente tendem a extravasar qualquer limite imposto pelo atual líder da unidade.
Caito nota seu sucesso na investigação, desta vez se aproximando.
— Armas… Estes piratas estavam trazendo armas para cá. — Ele esclarece.
Agora tudo estava se encaixando, pelo menos por ora, afinal as peças estavam alinhadas. Piratas estavam aproveitando as mudanças radicais no mundo e usando disso para se sobressair, usando Loguetown como um ponto importante dentro do East Blue, podem aplicar preços absurdos para aqueles que buscarem um poder um pouco mais extravagante. Infelizmente essas mercadorias caíram nas mãos erradas de pessoas que estão dentro da própria Marinha.
— Eles devem estar escondendo isso dos superiores, provavelmente irão fazer um jeito dessas armas circularem, porém com os lucros chegando até eles… Eu só não entendo como isso vai pôr um fim a pirataria, já que eles serão favorecidos. — Caito menciona, se retirando de dentro da lona e então prosseguindo por fora, esperava que você o acompanhasse para que pudessem vagar entre o convés.
Os marinheiros que frequentavam o navio não pareciam muito focados na porta, estavam afastados e isso garantia passagem para que seguissem até aquela porta. O rapaz que até há alguns minutos parecia inseguro fez um gesto com a cabeça, onde simplesmente atravessou de uma ponta para a outra e então se jogou sobre a porta, abrindo-a no mesmo instante, adentrando.
Kimiko, você pretendia tomar a frente, estava convicta de que podia fazer aquilo sozinha e preservar a integridade de seu companheiro, mas diante daquela cena se sentiu ainda mais capaz de realizar aquilo. A mão de Caito surgiu pela fresta, fazendo um gesto para que também fosse até lá.
Nenhuma pedra invadiu o caminho de ambos, porém a escuridão do local onde foram parar era absoluta. Uma escada de madeira guiava para baixo, em um poço profundo e que não parecia ter fim.
— As batidas pararam… — Sussurrou Caito que fazia a vanguarda.
Conforme avançavam, chegaram até o chão, havia mais caixas espalhadas, tudo parecia estar vazio, até que finalmente um barulho atraiu a atenção de ambos para o lado. O Marinheiro rapidamente apontou seu rifle naquela direção, parecia estar pronto para realizar um disparo em prol de sua defesa.
— UHMMM! UHMMMMM! — Grunhidos e batidas ecoaram.
A vista de vocês demorou para se acostumar, mas quando finalmente aconteceu, conseguiram avistar uma série de homens amordaçados, todos estavam sentados enquanto suas mãos e pés estavam amarrados. Ao levar pelas marcações em suas vestes, eram piratas, provavelmente a tripulação daquela embarcação.
Teria sido uma situação normal, porém havia algo de errado, as pessoas sabem a punição que recebem por praticarem a pirataria, só que aqueles homens não aceitavam sua derrota, estavam com medo, algo contraditório vindo de bandidos.
Ella
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Kimiko Miyazaki
Aspirante a marinheira
“Armas”, sussurrava Kimiko. Era apenas impressão dela, ou os piratas haviam ficado realmente mais descuidados? Que bela ideia tentar contrabandear armas logo na ilha em que a Marinha exerce mais poder dentro dos Blues. Era de senso comum, que Loguetown não era a melhor ilha para piratas.
Era normal que existissem pessoas más intencionadas em qualquer lugar que fosse, e na Marinha não seria diferente. Mas que tipo de planos nefastos eles estariam colocando em ação? Miyazaki acreditava que “Nenhum homem escolhe o mal por ser o mal; mas apenas por confundi-lo com felicidade” e dinheiro e vingança, tendem a ser as armadilhas mais traiçoeiras.
A garota seguiu Caito para fora da lona. Os barulhos que vinham da porta, eram impossíveis de não serem notados pelos marinheiros à sua volta. O que significava que: ou eles tinham conhecimento do que se tratava, ou eram coniventes com a situação.
Antes de conseguir falar algo, Caito tomava a dianteira e abria a porta com confiança. O coração de Kimiko dava um salto de excitação, ao ver o lado inseguro do rapaz sendo posto de lado e dando o lugar a um homem destemido.
Com as mãos dispostas em sua cintura, Miyasaki se preparava para brandir seu chicote ao menor sinal de perigo, enquanto acompanhava Caito, na escuridão a dentro. O cessar dos barulhos não trouxe nenhum conforto, pelo contrário, deixaram ambos ainda mais alarmados. Quando chegaram ao chão, Kimiko ainda mal conseguia distinguir as sombras ao seu redor. Um grunhido abafado fez com que seu corpo virasse rapidamente para aquela direção. Quando seus olhos acostumaram-se com a escuridão, conseguiu avistar o que parecia o bando pirata do barco, amarrado e amordaçado.
Kimiko entreolhou Caito, expressando surpresa. E deu passos curtos em direção aos homens. Ainda com uma de suas mãos retidas em seu chicote, a outra faria um sinal para que eles se acalmassem. Então olharia eles um pouco mais de perto, procurando em seus olhos, alguém que estivesse controlado o suficiente para conseguir informar o que estava acontecendo.
Com a mesma mão que fez o gesto, levaria o dedo indicador diante de seus próprios lábios, fazendo um pedido silencioso para que não fizesse muito barulho. Então, chegaria perto o suficiente do homem que escolhera, e abaixaria levemente sua mordaça, para que ele pudesse falar.
“O que está acontecendo aqui?” ela perguntaria sussurrando.
Mas Miyasaki não se deixaria enganar pelos seus sentimentos, mal conhecia Caito, e apesar de gostar dele, a situação em que se encontrava requeria um pouco mais de cautela. Piratas são detidos e presos a todo momento, esse medo irrefreável era mais que esquisito. Uma suspeita em seu companheiro ascendeu em sua mente, e a garota se agarrou a esse pensamento para se proteger, mas não demonstraria. Ficaria atenta a qualquer movimento estranho de seu parceiro, na tentativa de se esquivar de um possível ataque, ou de brandir rapidamente seu chicote para tentar desarmá-lo. Kimiko não poderia confiar totalmente nele, sem conhecê-lo melhor.
Afinal, seu tio sempre a alertara, “Não acredite em nada do que você ouve, e em metade do que você vê”
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Davy D. Jones
Após sua pergunta, o jovem Marinheiro seguiu para frente, onde imediatamente retirou uma mordaça que impedia que um dos homens falasse. Fora tão rápido que brevemente recuou, observando aquilo com um certo receio nos olhos.
— Por favor… — O homem pausava para que conseguisse respirar melhor, estava agitado. — Nos leve presos, faça qualquer coisa, mas não deixe que eles nos executem. Eu juro, não sabíamos de nada, apenas estávamos fazendo uma entrega, nem sabíamos do que se tratava… Por favor, nos salve. — Era um homem barbado, parecia ter uns quarenta anos e a cara de mau não impedia que as lágrimas escapassem pelos olhos.
Caito imediatamente se virou para você, Kimiko.
— Isso não… — Ele faz um gesto com os ombros antes de deixar um longo suspiro escapar de seus lábios.
A Marinha tem o trabalho de punir, é relevante que se necessário use toda a força possível, mas ainda assim, aquilo não parecia certo para o jovem Marinheiro.
— Façam silêncio… — Ele menciona, recuando para trás e então parando por alguns segundos, precisava colocar a cabeça no lugar. — Ninguém irá matá-los.
Se alguém tivesse encomendado aquelas armas, provavelmente a fonte viria de dentro de Loguetown. Seriam alguns bandos remanescentes que possuem esconderijos pela ilha? Ou até mesmo outros membros da própria marinha que tivessem tramado algo do tipo? Talvez toda essa história fosse mentira.
O mais plausível seria recuar e alertar as autoridades, repassar que havia algo de errado, mas como iria convencer de que um simples soldado estava certo? Quando que haviam centenas de marinheiros que festavam diante da situação.
Ella
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Kimiko Miyazaki
Aspirante a marinheira
O homem começava a falar aos tropeços. Intercalando entre palavras e arfadas. O medo em seus olhos assustava a garota. Como pode um homem feito, estar tão assustado a ponto de chorar igual a um garotinho?
“Merda, merda, merda, merda….” a garota repetia para si mesma em pensamento, enquanto ele terminava de falar. “Isso, com certeza não é bom”
Caito parecia passar por um sentimento semelhante, mas aparentemente se controlava emocionalmente melhor que a garota. “Não faça disso um problema maior do que já é, respira, respira, respira, controle-se…” pensava. Respirava fundo, enchendo os pulmões de ar, e com os olhos petrificados encarando o chão, voltava ao controle. Kimiko tentaria buscar os olhos do rapaz, a fim de encontrar um pouco de conforto.
“Não dá pra deixar eles aqui pra morrer, mas também não dá pra levar eles com a gente sem que notem, sem falar que somos apenas nós dois, eles podem resolver fugir, e ai, vai virar uma bagunça generalizada" sussurrava para Caito.
Apesar de detestar piratas, a garota achava que eles deviam ser levados à justiça, e não há serem executados ali, feito animais. Mas não havia muito a se fazer, se reportasse aos superiores, teriam apenas palavras, e nenhuma prova.
"Eu preciso de alguma informação útil rapazes. Onde fariam a entrega? Pra quem estavam levando? Quem está por trás disso? Quem está ameaçando vocês de morte? Algo que vocês possam ter ouvido, ou visto… talvez um distintivo, um nome, qualquer coisa serve”, Kimiko suplicava para eles, “vocês precisam me ajudar a ajudar vocês, rapazes, o tempo tá correndo"
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Davy D. Jones
Caito permaneceu em silêncio, tentava procurar uma solução em sua cabeça, tentar deixar as coisas mais ajustadas em meio a um mosaico totalmente abstrato da situação.
Kimiko, no entanto, entende que precisava fazer algo, e a saída dentro dessa situação era aproveitar do único recurso ao alcance, o diálogo.
— Foi o loiro… O loiro, ele é quem nos contratou. — Rapidamente aquele homem entrega o informante, sem poupar qualquer esforço, o mesmo que qualquer outro pirata faria uma vez que sua vida estivesse em cheque. — Os Marinheiros roubaram a carga e agora querem nos executar para que ninguém saiba. Nos ajude, por favoooor! — Ele volta a chorar, agitando-se.
O jovem marinheiro loiro imediatamente toma a frente, fazendo um barulho com a boca para que fizesse silêncio, mas isso não resolve.
Como se tudo não pudesse piorar, vocês escutam a porta por onde entraram ranger, chegando a atenção de ambos imediatamente. A iluminação invade aquele lugar aos poucos, deixando clara a silhueta que surgia ali.
— Se esconde! — Em um movimento rápido, Caito rapidamente se atira em sua direção, puxando você para trás de um amontoado de sacos e caixotes que estavam próximos. Vocês se espatifam sobre o chão, mas pelo menos ficam longe do campo de visão.
Os barulhos de pegadas sobre a madeira ecoam, enquanto que barulhos e sussurros tomam conta daquela área.
— Você ouviu esses barulhos? — Alguém comenta.
— São esses desgraçados, estão se debatendo na esperança que alguém os escute… Por mim a gente atirava neles agora mesmo. — Uma segunda voz surge.
— Éh, mas é melhor fazer isso na surdina, não ouviu as ordens?
Eles seguem para baixo, observam os reféns que tinham, batendo com a coronha de suas armas em alguns e até mesmo cuspindo em outros. Investigam por alguns segundos, até que finalmente resolvem sair dali.
— Se eu tiver que descer aqui mais uma vez, eu acho que a minha arma pode acabar disparando sem querer…
Vocês conseguem ouvir tudo aquilo, teriam levantado certa ideia a respeito daqueles marinheiros, mas Caito quase que não conseguia se controlar, seu rosto estava vermelho de um modo como se estivesse sem ar algum. Quando você finalmente notou, estavam tão próximos que era até mesmo um tanto quanto estranho.
Ella
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Kimiko Miyazaki
Aspirante a marinheira
“Foi o loiro”, fala sério, isso era o melhor que podiam fazer? Quantas pessoas loiras devem ter em Loguetown? E na marinha? Meu próprio parceiro era loiro. Droga. A escuridão era iluminada, enquanto o ranger de botas em degraus de madeira ficavam cada vez mais altos.
Caito se jogava sobre a moça, antes mesmo dela ter qualquer reação. Levando-os para um lugar escondido, e seguro.
Miyazaki prestava tanta atenção às palavras dos marinheiros que não havia percebido que o corpo de Caito estava a centímetros do seu. O garoto parecia um tomate prestes a explodir. Kimiko alarmada, chegava ainda mais perto, dando tapinhas leves em seu rosto e sussurrando “Caito. Caito. Você tá bem? Caito. Aconteceu alguma coisa com você?”
Após o rapaz se recompor, Kimiko falaria para ele, de forma que os piratas não pudessem ouvir. “Temos que soltar eles! Eu sei, eu devo ter ficado louca… mas pensa comigo, até agora, a gente não tem nada. Soltando eles, a gente dá a chance deles lutarem por sua vida, e com certeza eles vão fazer uma bagunça bem grande. O plano dos marinheiros parece precisar de discrição, e a gente vai colocar um holofote sobre suas cabeças. Com isso, a gente chama a atenção dos nossos superiores para ca. E com sorte, a gente ganha mais tempo para investigar. Vai ser como se nunca tivéssemos estado aqui”
Kimiko não faria nada, sem o consentimento de Caito. Mas antes de tentarem sair dali, iria de novo em direção aos piratas.
“Rapazes, vocês não estão se esforçando o suficiente, loiro? sério? Meu parceiro também é loiro! Isso não me ajuda! Para onde vocês levariam a carga? Horário? Local? Alguma característica física que pudesse ser mais útil do que apenas loiro! Por favor”
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Davy D. Jones
É claro, nada do que disseram fez sentido para você, o que certamente é de se esperar. As pessoas que habitam em Loguetown também não detém tamanho conhecimento acerca do tal “loiro”, afinal, há uma imensidão de pessoas loiras pela cidade. Entretanto, as coisas nem sempre são tão simples como aparentam.
Caito trava assim que escuta aquilo, mas isso não é muito levado em questão, já que um turbilhão de ideias atingiu em cheio a cabeça da jovem marinheira da família Miyazaki.
— Pode ser uma boa ideia… — Comenta o rapaz que dá um passo para frente, há certa apreensividade em seu rosto, mas algo o impedia de trazer à tona aquele assunto para sua parceira; não faria isso na frente daquele monte de piratas. — A única forma de alcançarem sua liberdade é lutando por ela, então… — Ele fecha os olhos, conformando-se que era o único jeito de conseguir uma distração para que pudessem sair de lá.
Apesar de ainda querer tirar qualquer coisa a respeito daqueles homens, o choque praticamente impedia que falassem algo tão complexo.
— O Loiro… Todos sabem de quem se trata, especialmente a marinha. As cargas foram encomendadas a meses, iríamos descer ela no porto na calada da noite e então aguardar um informante. Por algum motivo um outro bando pirata apareceu, eles brigaram e o estaleiro foi interditado. — Complementa o pirata, angustiado pelo fato de que aquilo era ser o mais óbvio possível.
O marinheiro segue, interrompendo qualquer outra palavra que viessem a dizer, desta vez ele retira uma pequena faca de sua cintura, onde não hesita em cortar as amarras que detém todos ali.
— Existem poucos marinheiros no convés, todos vocês podem contê-los facilmente… Por outro lado, a praia toda está movimentada. — Ele concluiu, afastando-se enquanto faz um gesto para que você também recue, Kimiko.
Em razão de segundos, todos aqueles homens seguem rumo a porta que dava acesso ao local, os gritos mostravam que estavam dispostos a batalhar para manter-se vivos; já não tinham mais nada a perder.
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