Beleza Matadora
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Tessa Bond
Aquilo estava gostoso, sério. Era simples, totalmente natural, e muito bom. E o melhor, não levou nem 10 minutos pra ser feito.
— É... Se tudo der errado nos testes do governo, vou virar Master Chef e viajar o mundo com um navio cozinha gigantesco. Quem sabe existe um lugar com todos ingredientes, e aí eu não precise nem me preocupar com isso, heh.
Sonhos distorcidos a parte, voltei a focar na realidade. Segui para sala, sentei-me no sofá, dobrando uma das pernas, pousando a sola do pé descanso na borda do móvel.
Olhava para a sobremesa e dava uma colherada. Ficava pensativa.
— Decidi participar de um concurso de beleza, e cá estou eu, me acabando de tanto comer. Nessas situações as candidatas evitam comer doces e coisas gordurosas? Hum... É, eu já perdi pelo jeito.
Não demorou, e aquele singelo deleite açucarado era finalizado. Levei a louça para a pia e deixei tudo acumulado pra depois lavar, ou não.
Me espreguicei com um bocejo lento. Estava cansada, já era começo da tarde, e eu tinha acordado cedo. Dentre umas 2 horas eu ia encontrar Yumi. Precisava descansar.
— É, vou pra cama.
Não tinha o que fazer, fui pro quarto e cochilei.
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Quando deitei e me propus a dormir, apaguei facilmente. Estava cansada dos afazeres da manhã e de barriga cheia, então o sono veio facilmente.
Dormi tranquila sem qualquer sonho ou intervenção de ninguém. Porém, o despertador tocava para minha infelicidade.
— An nhem? — Gemi com um olho entre aberto. — Droga, já passou as duas horas. Porque fui aceitar essa ideia maluca. Ainda coloquei Yumi nessa, eu poderia procrastinar a tarde toda se eu não tivesse marcado esse compromisso. Merda.
Relutante, joguei as pernas pro lado com preguiça e pisava no chão do quarto. Me curvei pra frente ainda com sono, e dei uma respirada.
— Como consigo acordar cansada?
A muito custo, me forcei a levantar e fui pro banheiro lavar o rosto. Dê lá, segui pra sala e sentei-me no sofá pra tentar acordar de verdade. Olhando pra fora da janela, o mundo passava em minha cabeça em uma velocidade astronómica.
— Certo, tenho que ir logo.
Tomei uma água gelada pra matar a sede e voltei pro quarto. Troquei o short por uma calça meio curta que batia no meio da canela, coloquei um calçado e trajei uma blusa de gola enorme que caia por um dos ombros, e possuía mangas meio compridas, semelhante a calça, mas que este no máximo iria até próximo da dobra do punho.
Palavras: 218
Tessa Bond
Estava pronto, ou ao menos parcialmente pronta até eu me ver no espelho.
— Eeee... Esse cabelo bagunçado aí não ta muito bom.
Passei uma escova rápida nos fios só pra desembaraçar e prendi eles com um boné azul que eu tinha perdido por ali que usava ocasionalmente quando corria e não queria me incomodar com vento contrário ao meu trajeto ou o sol forte.
— É, agora acho que está bom. Experimentar vestido é sempre cansativo, com essas roupas não terei tanta dificuldade de ficar trocando depois.
Completei o Look com pulseiras e brincos, pois um colar de ouro que foi da minha avó eu já portava o tempo todo. Sabe, uma mulher tem que ter um pouco de brilho.
Peguei a carteira com meu dinheiro e o molho de chaves. Fechei a casa toda, e fui saindo sem esquecer de nada realmente importante para aquela tarefa tão simples que seria ir passear e fazer compras.
Agora na rua, segui novamente naquele dia para a biblioteca na qual foi onde combinei de encontrar Yumi que já devia estar me esperando a algum tempo, afinal, atrasei em sair de casa um pouquinho. De longe, eu já podia ver perfeitamente ela me olhando
Palavras: 200
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Notavelmente eu enxergava ela ajeitando seu óculos e com uma expressão séria.
Não entendi bem, até chegar nela e ouvir sua voz com um tom ameaçador.
— Achei que tínhamos combinados às 15 em ponto, Tessa-sama.
Olhei pra um lado coçando o maxilar, e sem graça comentei.
— Eee ehheh, desculpa. Acabei cochilando.
— Cochilando, é? Sei. E esse boné? Isso não é acessório pra se usar com um vestido.
— Ah, lá na hora a gente ajeita. Então, vamos ido? Já sabe que lojas iremos primeiros?
— Não conheço muitas lojas, mas... Tem uma famosa no centro.
— Certo, você mostra o caminho, então.
Deixei a responsabilidade inicial com Yumi. Já que ela conhecia, era hora de somente seguir em frente.
— Já sabe que tipo de vestido vai querer usar?
— Não sei, acho só descobriremos na hora. Mas espero que seja um leve e bonito. E você?
— Ahhh, eu já prefiro um escandaloso e cheio de brilho. Concurso de beleza tem que chamar atenção, afinal. Porém, admito que prefiro algo confortável.
— Confortável e escandaloso? Você parece querer algo impossível, amiga.
— Nem me fala, enfim. É aquela loja ali? — Apontei.
— É sim, vamos indo.
Alguns segundos depois estávamos de frente a loja. Abrimos a porta e adentramos.
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Ao entrar, fomos já olhando para os lados observando cada manequim e suas roupas. Havia de várias cores e modelos, alguns mais bonitos e outros já nem tanto.
— O que acha desse, Yumi?
Ela se virou, e olhou.
— É bem fofo.
— Combina contigo.
Ela ficou um pouco vermelha.
A dona da loja enfim se aproximou como era comum qualquer atendente fazer.
— Sejam bem vinda, senhoritas. O que procuram?
— Queremos vestidos.
— Para que ocasião?
— Será para o concurso de miss do evento da semana que vem.
— Ohh, entendo, entendo. Acho que tenho algo ideal para você, senhorita...?
— Yumi.
Enquanto isso eu fiquei olhando a loja, deixando Yumi ser atendida. A mulher foi mostrando algumas coisas para a bibliotecária, e já eu tentava achar algo, mas era tudo ridiculamente caro. Ainda mais pra uma quebrada desempregada como eu.
— Vida de concurseira. — T.T
Apesar disso, experimentei alguns vestidos. A garota também se trocava toda hora e eu olhava cada um. Eis então um se destacava. A senhora dona da loja ficava deslumbrada e eu com brilho nos olhos.
"Ahhh, ela está tão linda. Acho que já perdi essa coisa."
Olhei pro vestido que eu estava usando, e certamente não seria este que venceria.
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— O que acha, Tessa-sama?
Me recompus, e falei honestamente.
— Certamente você estará na grande final com esse.
— Você acha mesmo?
— Semmmm duvidas. Não é mesmo, senhora?
— Ohh, sim sim. Eu já atendi diversas clientes nesses últimos dias que também participaram, e posso afirmar que Yumi até agora é a mais bela com esse vestido de edição limitada.
A garota sorria contente de ouvir tais palavras.
— Acho que será este então.
Um problema a menos. Yumi tinha decidido seu vestido, e a mulher tirava as medidas pra fazer os ajustes. Foi então que a vendedora questionou durante a medição.
— Vocês já viram as outras roupas?
— Que roupas?
— O traje de banho e a roupa de casamento. Não soube? Este ano será diferente do ano passado. Ao invés de somente um vestido bonito, passou a ser um vestido de galã, o traje de banho e o de casamento.
— COMO ASSIM?
— Ohohoho. Parece que algumas candidatas fracassadas do ano passado, reclamaram que não se podia definir a mais bela entre as mulheres de Ilusian somente com um tipo de roupa. A mais bela tinha que ser maravilhosa em todo tipo de roupa. Falaram isso porque a vencedora do ano passado tinha uma cicatriz na cocha.
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— POR CAUSA DE UMA CICATRIZ?
— Hohoho, sim. O fato de uma mulher vencer com uma característica que invalidaria a beleza corporal em um todo dela, estimulou o ódio das menos bonitas que ela. Então elas reclamaram e conseguiram mudar as regras. Então o corpo docente do concurso irá avaliar não somente a beleza facial e seu carisma, além da escolha da roupa que diz muito sobre a pessoa ou ideia que quer transmitir, mas também todo aspecto físico para eliminar candidatas com estética comprometida. Querem ver que tipo de vida levam. Uma pessoa saudável mostrará ao reino que se exercitar lhe pode condecorar com uma faixa de miss Ilusia. Isso promoverá menos pessoas com excesso de peso e os hospitais agradecem por isso. É menos pessoa tomando a vez de outras.
— O MUNDO DA BELEZA É MUITO ASSUSTADOR! — Comentei apavorada.
— Um pouquinho. Mas tem seus lados positivos.
— Entendo. Bom, parece que vai ser um ano difícil. Mas receio estar preparada. — Disse confiante.
— Torcerei por vocês. Mas tomem cuidado, uma das que reclamaram é uma mulher perigosa que pode fazer qualquer coisa para obter a vitória. Ela ficou em segundo lugar ano passado e foi quem mais contribuiu com essa mudança nas regras.
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Escutava tudo atentamente. Yumi demonstrava estar com ouvidos apurados para as palavras da senhora vendedora. Não queríamos a essa altura acabar perdendo por causa de uma sequelada que não queria perder a todo custo, mesmo que precisasse causar problemas para outras candidatas.
— É, Yumi. Teremos que lidar com essazinha, aí.
— Ain, Tessa-sama, estou um pouco aflita, agora.
— Rhul, não precisa ter medo. Qualquer coisa a gente da umas porrada nela.
— Meu Deus, Tessa, de onde tirou essa ideia? Você sabe lutar ao menos?
— Não, mas eu fiz um curso teórico de um livro chamado Guia do Lutador de Rua, escrito pelo Coach Jake Quebra Tijolo.
— Quebra Tijolo?
— É! Com um nome desses, certamente ele sabe do que ta falando. Então aplico o que aprendi no livro contra essas oxigenadas, e pronto, ela ganha um olho roxo e perde por não ter maquiagem que esconda a feiura dela.
— Não sei não, amiga, mas vou confiar em você. Afinal, nunca me decepcionou, hihi.
Esbanjei um sorriso convencido, recuei o pescoço, repousei o punho fechado no quadril e estiquei o outro braço com o polegar levantado em sinal de positivo.
— Vocês parecem animadas, realmente. Reitero meu apoio a vocês duas, parecem boas moças.
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— Desde que você não mate ninguém, acho que tudo é permitido com a devida segurança.
— É verdade, vou dar um jeito. Enfim, Yumi, pague a senhora e vamos indo. Quero me refrescar com um sorvete.
— Tudo bem, Tess.
A garota tirava as dezenas de notas da carteira e pagava a mulher. O vestido ficava na loja para que fossem feitos os devidos ajustes.
— Só não pode engordar agora, Yumi.
— Não fala isso, Tess. Bate na madeira. — Ela tocava no balcão 3 vezes.
— Hyahyahyahya! — Me virei para a dona do local, e fui me despedindo. — Obrigada, moça. Me deseje sorte com o vestido.
— Hohoho, boa sorte menina. Vai dar tudo certo. Acredite! — Disse dando tchauzinho.
Saímos do recinto e começamos a caminhar na calçada rumo ao centro da cidade na qual havia algum parque arborizado por lá, e tinha o melhor sorvete de baunilha da região.
— Certo, Yumi. Menos um pepino resolvido pra você. Agora só resta o de casamento e de banho. Já tem algo em mente?
— Hm... O de banho sim, o de casamento não sei. Minha mãe pode me ajudar nisso.
— Entendo, bom. Eu estou na estaca zero. E minha mãe está puta da vida. Estou ferrrada.
— Venha, vamos tomar o sorvete pra esquecer tudo isso.
— Sim.
E fomos tomar o sorvete. Perdemos horas andarilhando aquele dia, e voltei para casa somente de noite na qual minha mãe ainda não tinha retornado. Estranhei, mas já estava tarde e as horas passou. Resolvi dormir. Um novo dia me aguardava.
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