Beleza Matadora
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Tessa Bond
West Blue - Ilusia Kingdom
Todos os anos em um certo período de Ilusia Kingdom, acontecia um grande evento que movimentava toda a ilha para uma finalidade, somente. As pessoas se juntavam para muita comemoração, dança, canto, se fantasiar, comer coisas gostosas, ficarem bonitas, disputar coisas, havia muito brilho e explosões. Enfim, uma infinidade de coisas.
Eu sempre participava de algum modo do festival. Entretanto, os últimos anos tinham sido mais corridos para mim que estava dedicada a me tornar uma agente do governo mundial.
Minha mãe por sua vez sempre teve o sonho bobo de me ver disputando o concurso que trazia o que tinha de mais belo, charmoso, purpuro, brilhante e extasiante para o evento. Até mais do que os próprios carros alegóricos que "marchavam" pelas ruas principais, ditando o ritmo da comitiva. O que estou falando, era nada mais e nada menos que o desfile da Miss Ilusian.
Sim, Miss Ilusian, e minha mãe queria muito que eu participasse. Só que eu não dava tanta importância assim para isso e como citei, meu foco era outro. Todavia, eu teria um embate grandioso para enfrentar para com minha mamãe que estava mais determinada do que nunca em me fazer parte deste evento de beleza.
Tessa Bond
O dia amanhecia no Oeste, e aos poucos os primeiros raios de sol iam tocando Ilusia Kingdom com seus diversos tons de dourados. A cortina que cobria minha janela, impedia da luz radiante penetrar no recinto, contudo, eu já estava acordada. Me levantava sonolenta e um pouco cansada. Arrastava-me ainda de pijama para o banheiro, e lá encarava o espelho.
— Meh...
Grande discurso de começo do dia.
Abri a torneira, e mergulhei as mãos até a água que jorrava pia a fora. Abaixava-me para lavar meus olhos e refrescar o restante do rosto, molhando cada centímetro da face para ir despertando.
Havia estipulado uma rotina rigorosa para mim mesma de acordar ao raiar do sol sem que eu soubesse que estava amanhecendo. Também não podia usar auxílio de despertadores e outros meios de me fazer acordar. Estava dedicada a me tornar cada vez mais disciplinada para que fosse um pro a mais que destacaria quando eu fosse me apresentar depois da prova para agente do governo mundial.
— Oh céus, o que to fazendo comigo mesma? Tô um caco. Tcs...
Não tinha jeito, estava cansadinha de todo dia ficar ativa treinando escondida de minha mãe e estudando para a prova teorica.
Considerações:
- Katsu permitiu o double post devido ao meu post do dia anterior que não foi enviado por alguma razão '-'
Tessa Bond
Os pensamentos iam e vinham enquanto estava me olhando no espelho, até que por fim resolvi pegar minha escova de dentes e o creme dental. Devidamente colocado o creme na escova, molhei um pouco e trouxe até a boca para começar a higienização.
Escova aqui, escova ali, e de repente a porta do banheiro se abre lentamente. Felizmente, não era uma porta que fazia rangido que nem nos filmes de terror. No entanto, algo quase como uma assombração aparecia ali para me infernizar. Minha mãe.
— Oiii filha. Lindo dia não? — Ela estava animada.
— Gre misumo dui y sampra. — Respondi (é o mesmo dia se sempre) com a boca recheada de espuma.
— Hein? Não fale de boca cheia, menina. Não lhe dei esse tipo de educação, rhul.
Só o que faltava, a mulher ficou pistola por eu responder ela no meu momento de lavar a boca. É de foder, uma mulher dessas.
Virei momentaneamente para ela, olhando-a com uma cara de taxo. Os olhos tortos e a boca fazendo bico com a escova atravessada entre os lábios. Balancei a cabeça negativamente, discordando daquela situação, e voltei a encarar o espelho e continuar a escovar os dentes. Ia finalizando e cuspindo a espuma.
Tessa Bond
Entretanto, minha mãe não desistia. Estava totalmente focada em me convencer do que ela queria. Ficou ali, parada, me olhando na passagem da porta. Não acelerei minha finalização, mas confesso que era desconfortável aquela mulher que me pariu ficar lá aguardando, ao invés de ir fazer outras coisas.
— Filha, veja só... — Disse quando eu havia enxaguado a boca. — Esse concurso vai ser bom, muito bom. E pode ser importante pra você. Não é toda mulher que tem no currículo um miss Ilusia. Você vai se destacar. Chamar atenção quando verem. Entende?
Olhei com mais tédio ainda, e dei uma chance pra ela me responder como aquilo seria útil para mim.
— Oh céus, que tipo de emprego vai querer uma miss? Por que me escolheriam só por ganhar um concurso idiota?
A mulher calmamente explicava.
— Muito simples, Tessa. Miss são garotas não somente bonitas, mas que agregam valor a sociedade. Não se decide a miss por sua beleza, mas sim por seus talentos e benfeitorias que ela fez antes de ser miss, ou as que fará após isso. Pois é natural chegar muitos convites para visita da miss em uma localidade ou até mesmo em outras ilhas. Isso certamente é maravilhoso.
Tessa Bond
O que ela me contava fazia certo sentido. Entretanto, eu não daria o braço a torcer tão fácil, e me mantive calada por alguns instantes, a deixando continuar sua extensa fala.
— Então imagine, você ganha viagens para diversos lugares. Conhece tais localidades e se diverte muito e ainda ajuda socialmente. O benefício é mútuo. Você é uma jovem bem dedicada, certamente conseguirá ganhar notoriedade no concurso. Linda como é e com os talentos que tem, tenho total certeza que as chances são enormes, hiehiehie.
As palavras iam entrando em meus ouvidos e ganhando confiança em minha mente. Meu objetivo era o governo mundial. Talvez, só... Talvez, isso fosse realmente algo que pudesse salientar meu currículo na hora de me chamarem. Alguém com alguns dons e com favorecimento físico, daria uma agente em casos que requisitasse a conquista de certos alvos.
— Hum... — Era um "hum" bem demorado que causava angústia em minha mãe. — Não sei.
Deixava ela ainda mais pê da vida.
Seguia em sua direção, passando de ladinho na porta, já que a mulher ocupava metade da passagem. Seguia até a cozinha, e adivinha quem vinha logo atrás? Sim, ela mesma. A mamãe plus ultra.
— Oh senhor, dai-me paciência...
Tessa Bond
Olhei de canto de olho ela me seguindo até o recinto. Parecia um cachorrinho querendo comida. Eu abri a geladeira e peguei a caixa de leite. Levei até a pia, e depois peguei uma leiteira, e coloquei o líquido dentro conforme minha mãe e eu consumimos a cada manhã.
Liguei o fogão e deixei o leite esquentando. Tratei de pegar alguns pães e frutas, e levar a mesa, forrando com um pano sob o móvel, antes.
— Você não vai me responder não, Tessa Bond?
"O que? Ela falou meu nome completo? Até o sobrenome? What?"
Me virei e dei um "carão" nela. Aquilo já estava torrando a paciência demais.
— Pelo amor de Deus, mãe. Será que dá pra parar? Olha a hora. Tudo que eu quero, é cevar esse bucho que está suplicando por comigo. — Eu agarrava minha barriga com ambas as mãos virada pro lado oposto que elas naturalmente ficavam. Fazia uma expressão exagerada e movimentos fora do comum. — E sem falar do SILÊNCIO! Você sabe como adoro silêncio pela manhã e cheiro de café fresco. Então por favor. NÃO TORRA A PACIÊNCIA!
Me virei meio irritada com aquela encheção de saco, e pegava talhares e pratos para comer.
Tessa Bond
É, eu fui grossa, beeeeeeeeeeeem grossa. Mal tinha acordado e ela já estava perturbando a paz sagrada da manhã. Ela tinha o dia inteiro pra me torrar o saco com isso, mas não, ela preferiu escolher a porra da hora que eu acordo pra estragar meu dia. Afinal, manhãs são feitas para café e contemplação.
Após minha resposta ríspida, era de se esperar que ela ficasse irrita ou magoada, e foi a segunda opção. Abaixou a cabeça e se calou. Nem mesmo tomou café, somente pegou sua bolsa e saiu pela porta sem falar nada.
Não olhei, tampouco perguntei para onde iria, queria só ficar em paz. Estava sendo egoísta e uma filha mal criada.
Sem ficar ressentida com a briga, voltei aos meus afazeres daquela manhã. Peguei o pó de café, o leite estava pronto, e a água que coloquei instante depois, também. Então bastava agora por a água para misturar no pó, e pronto.
— Hummmmmm... Cheirinho de café com leite é sempre bom. Agora um pãozinho com manteiga pra deixar um sabor diferenciado na boca.
Tive que pegar o dito cujo, e uma vez com ele, passei no pão com a faca. Meu café da manhã estava bom.
Tessa Bond
Fui comendo e bebendo, e no quando eu havia terminado de me alimentar, repousava a xícara lentamente no pires.
Voltei meus olhos para a janela, e fiquei observando as nuvens passar. O dia parecia estar bem claro, e naquele momento a sós comigo mesma, fiquei um pouco pensativa. Um leve arrependimento de como tratei a mãe minutos antes.
As nuvens sumiram e deram espaço para o sol brilhar. A luz do mesmo entrou mais forte pelo vidro e incomodavam meus olhos que estreitavam para conter os raios solares que incomodavam a vista.
— E... O dia parece estar bonito.
Olhei para o lado aonde estavam meus livros, cadernos e demais materiais de estudo.
— Que preguiça que deu de ter que sentar a bunda naquela cadeira e estudar. Qual era a matéria que eu queria ver, mesmo? Anatomia? Ah não, acho que era toxicologia. Agentes precisam se ater bastante sobre venenos. Li num documentário de um ex agente, que alguns membros do governo andavam com um pequeno frasco tóxico para ingerir em situações de escape impossível. A morte é melhor que a tortura ou vazamento de informações sobre o governo mundial.
Comecei a refletir sobre essas situações arriscada de um agente viveria.
Tessa Bond
A vida de um agente devia ser realmente muito arriscada. O mais estranho que eu já nem me lembrava mais porque eu queria ser um desses tantos malucos que vivem nas sombras da sociedade.
— Uma agente, hã?
Olhei pro livro que eu precisava ler, e me levantei de onde estava. Deixei as coisas do café jogada na mesa sem arrumar nada, e fui folheando as páginas uma por uma. Encontrava a sessão de toxicologia, e ia lendo vagamente sem prestar atenção no que estava lendo.
Minha mente estava em outro lugar, outra situação, algo que tirava meu foco e me fazia revirar os olhos e deitar o livro no colo virado para baixo.
— Oh droga, não faça isso Tessa, não faça. — Murmurei para mim mesma.
Olhei para o relógio e marcava um horário bem cedo.
— Certo, não tem lugar algum aberto a essas horas para esse tipo de coisa. Ficarei em casa, sim, ficarei, heh.
Tentava criar desculpas pra me manter firme no proposito e não me deixar levar pela situação em que minha mãe me colocou. Porém, estava difícil manter a concentração. Eu vagava pela casa com o livro na mão, lendo linha por linha com extrema dificuldade a cada nova palavra.
Tessa Bond
As palavras iam se tornando desagradáveis. A menta estava começando a ficar cheia e aquilo me perturbava.
— Ahhhh, saco! — Bufei irritada abaixando o livro. — Não vou conseguir aprender nada desse jeito.
Fechei o livro e guardei no lugar dele. Fui pro meu quarto e me troquei colocando algumas roupas mais fáceis de vestir e que fossem mais leves pra não passar calor hoje. Coloquei um tênis e busquei uma garrafinha d'água. Estava bem geladinha e agradável.
— Muito bem, hora de uma corrida pra esfriar a cabeça.
Fui saindo de casa, trancando a porta adequadamente e sai caminhando até o fim da rua. Ao virar a esquina, comecei a trotar e seguir pelo caminho que dava acesso a uma área mais arborizada da cidade. Quando cheguei na trilha que gostava, fui acelerando e passei a correr rapidamente pelo trajeto.
Meu coração acelerava conforme meu ritmo também aumentava. Vez ou outra dava um gole na água que carregava comigo, e sem parar a corrida, seguia em frente.
Durante o percurso, muitas belas paisagens apareciam para mim. As folhas impediam o solde bater diretamente em mim, mas aquilo só tornava tudo mais bonito, pois entre as brechas dos galhos, os raios penetravam e parecia uma floresta dourada.
Palavras: 204
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