DESCRIÇÃO
Física
De estatura média, o corpo de Emi detém uma silhueta de curvas devidamente delineadas: nem de mais, nem de menos. Um rosto de beleza feérica, clássica em sua altivez, de pele muito pálida e imaculada. Os olhos grandes, coloridos por um tom fascinante de âmbar, emoldurados por cílios fartos. Os malares redondos, o nariz fino e pronunciado: traços tão delicados quanto os de uma fada. Os cabelos são loiros, da cor do trigo dourado, lustrosos como ouro e macios feito seda.
Mental
Emi é uma garota muito, muito mimada. E de todo esse mimo, duas características foram desencadeadas: a curiosidade e a teimosia. Ela gosta das coisas do seu jeito e na sua hora. Quer entender tudo, descobrir tudo, e que tudo seja possível para ela; o "não" não existe. Emi também é esperta, tem uma mente brilhantemente astuta e sabe muito bem usá-la a seu favor. Ela sempre da um jeito de conseguir o que quer, seu desejo é uma ordem.
HISTORIA
Ao confrontar o sentido da vida, o que uma jovenzinha nascida numa das famílias mais ricas e prestigiadas dos quatro Blues faria? Algumas poderiam viajar, estudar, conhecer novas pessoas, novos lugares, encontrar um propósito maior. Mas, certamente, uma jovenzinha rica nesse nível, fizesse o que fosse, jamais abriria mão de sua riqueza.
Emi, entretanto, fugiu a esse princípio.
E não apenas ao princípio, como também à sua trilhardária família, os Inagawa. Cansada demais da vida monótona, de ter absolutamente tudo de mão beijada e todos sob seus pés — a dita depressão do vazio —, Emi, num belo dia, largou tudo. Simplesmente fugiu.
Foi para as ruas com apenas um punhado de berries, cuja metade serviu para bancar a viagem que a deixou bem distante da ilha onde sua família morava. Depois de singrar as águas do oeste, chegou a um lugar de clima ameno e paisagem tropical, a Ilha Toroa. Nesse território pacato, a garota não-mais-rica começou a desfrutar de sua aventura.
A verdade é que, apesar da origem riquíssima, Emi nunca se deu muito bem com seus pais, com a família que lhe exigia nada menos que a perfeição para que honrasse a nobre e pura linhagem Inagawa. Foi tida como “a estranha”, pois quando ainda pequena despertou o que chamaram de maldição: o dom presciente.
Algumas poucas mulheres de sua família nasciam com esse poder, e todas, incluindo Emi, só prediziam tragédias. Quando uma dessas mulheres nascia nos Inagawa, queria dizer que a linhagem passaria por uma época de baixa, perderiam terras, iriam mal nos negócios… No caso de Emi, foram seus avós que morreram, logo após ela sonhar com o acontecimento.
Na sua nova vida, a garota quis deixar toda essa amargura de lado, livrar-se do peso que era ser de uma família tão poderosa.
Ela se meteu em confusões nos primeiros dias em Toroa, pois, por mais que quisesse agir feito uma “pessoa qualquer”, ainda tinha os hábitos de uma vida repleta de riqueza: achava que poderia tudo.
E foi em uma dessas confusões que Emi topou com um homem de musculatura titânica, Orochi Towa.
Na ocasião, estavam numa loja, um mercadinho de esquina, e Emi queria comprar seus docinhos preferidos — finalmente encontrou as preciosas trufas de chocolate especial naquela ilhazinha patife. Infelizmente, ela não tinha dinheiro para comprá-los, mas queria-os mesmo assim. Orochi viu a discussão que a garota travava com a lojista e, por algum motivo, resolveu pagar-lhe os doces.
Maravilhada com a atitude do homenzarrão, Emi o seguiu para além da loja, querendo agradecê-lo. A carinha fofa de boneca certamente despertou uma comoção no profundo âmago de Orochi. Incapaz de resistir, ele decidiu chamá-la para seu clã mafioso: uma organização barra pesada de piratas.
Emi sorriu de uma forma que nunca antes havia sorrido; aquele parecia ser um ótimo propósito de vida. Ela aceitou. E desde então, passou a usar o sobrenome dele, Towa.
Agora, como parte da família de piratas, a jovenzinha se tornou a filhinha mimada de Orochi.